Três aviões que transportavam servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foram apreendidos por índios Yanomami no domingo (16). Os funcionários, cujo número não foi especificado, também estão em poder dos indígenas, integrantes de 15 comunidades da etnia da região de Surucucu, em Alto Alegre, no norte de Roraima.

Segundo o presidente da Hwenama Associação dos Povos Yanomami de Roraima, Junior Hekurari Yanomami, o grupo exige a saída do coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), Rousicler de Jesus Oliveira. Eles atribuem à negligência da liderança a morte de duas crianças indígenas nos últimos 10 dias. Uma terceira criança estaria hospitalizada em estado grave.

Sem atendimento
Conforme os Yanomami, as comunidades mais isoladas, que recebem serviços de saúde por meio de helicópteros, ficaram 90 dias sem atendimento porque o veículo não estava fazendo voos. Enquanto isso, os casos de malária vem aumentando dentro das comunidades, que não conseguiriam diálogo com o coordenador.
A Sesai ainda não se manifestou sobre o caso.
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